GaúchaZH – Com quase 10 mil óbitos, RS tem o janeiro mais mortal desde 2003

Número de mortes aumentou 9,5% em comparação com o mesmo mês do ano passado

Com 9.833 óbitos no primeiro mês deste ano, os cartórios de registro civil do Rio Grande do Sul registraram o janeiro mais mortal desde o início da série história, em 2003. De acordo com a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do RS (Arpen-RS), em comparação com o mesmo mês de 2021, quando foram registradas 8.983 mortes, o número de falecimentos aumentou 9,5%. Entre 2020 e o ano passado, o crescimento de óbitos em janeiro havia sido de 20%.

Para a entidade, “o aumento de casos de covid-19 causados pela variante Ômicron e seus diferentes reflexos no organismo humano pode ser uma das explicações” para o alto número de mortes registrados pelos cartórios do Estado no primeiro mês de 2022.

O cenário gaúcho combina com o nacional, já que o Brasil também bateu o recorde histórico em janeiro deste ano, com um total de 144.341 óbitos — alta de 5% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram registradas 137.431 mortes, segundo o Estadão.

Os números são do Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos 7.658 cartórios de registro civil do Brasil — presentes em todos os 5.570 municípios brasileiros — e cruzados com os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que utilizam como base os dados dos próprios cartórios brasileiros.

A Arpen-RS também destaca que, em janeiro deste ano, houve aumento de 56% nas mortes por pneumonia, quando comparado ao mesmo mês de 2021. O número passou de 896 para 1.396.
Outro dado refere-se ao crescimento de óbitos por doenças do coração no primeiro mês de 2022, em comparação ao mesmo período do ano passado: AVC (36%), infarto (23%) e causas cardiovasculares inespecíficas (46%). Já os falecimentos por septicemia, por causa indeterminada e por doenças (mortes naturais) tiveram alta de 33%, 48% e 13,7%, respectivamente.

No entanto, apesar do aumento de mortes em geral no Estado, os óbitos por covid-19 tiveram redução de 59%, na comparação entre os meses de janeiro de 2021 e 2022. Os óbitos por causas violentas (homicídios, acidentes de veículos, suicídio, entre outras), por sua vez, caíram 67%.

Fonte: GaúchaZH