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GaúchaZH – Com pandemia, RS registra menor diferença entre nascimentos e mortes da série histórica

A alta de mortes provocada pelo coronavírus, combinada à tendência de queda da natalidade, fez o Rio Grande do Sul registrar no ano passado a menor taxa de crescimento vegetativo da população desde o começo da série histórica calculada pelo Departamento de Economia e Estatistica (DEE) a partir do ano 2000.

Esse índice mede a variação no número de habitantes pela diferença entre os registros de nascimentos e de óbitos, desconsideradas as migrações. Como o Estado apresentou apenas 38 mil partos a mais do que velórios em 2020 – diferença mais baixa já registrada – o crescimento vegetativo também atingiu a menor marca do período, com apenas 0,33% de acréscimo.

Quando se estima a variação total incluídas as migrações, a população se expandiu 0,40% e ficou no nível mais baixo desde 2010. Os dados fazem parte do estudo Estimativas populacionais por idade e sexo nos municípios do Rio Grande do Sul, divulgado nesta quinta-feira (2) pelo DEE, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.

A freada demográfica resultou, em grande parte, de um aumento estimado em cerca de 10% nos óbitos por causas naturais além do que era previsto antes da pandemia. Esse salto na mortalidade acima do esperado teria sido provocado pelo coronavírus.

— A quantidade de nascimentos atingiu o patamar mínimo de que se tem conhecimento, com 130,7 mil nascimentos, e os óbitos, pela primeira vez, ficaram acima dos 90 mil, com 92,7 mil. Um crescimento era esperado porque temos uma população cada vez mais envelhecida, mas a pandemia aumentou isso. Estima-se que, pela pandemia, em 2020, o número de óbitos por causas naturais ficou 10% acima do esperado — observa o responsável pelo estudo e diretor do DEE, Pedro Zuanazzi.

Reportagem publicada por GZH em 9 de julho, com base em dados preliminares de cartórios de registro civil, demonstrou que a quantidade de óbitos chegou a superar o de nascimentos entre janeiro e junho deste ano. As informações consolidadas, porém, só deverão chegar às estatísticas oficiais do DEE no ano que vem em razão do tempo necessário para detalhar as estimativas populacionais com base nas projeções divulgadas anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O trabalho atual do DEE conclui, ainda, que a atual tendência demográfica resultaria em uma reversão na expansão populacional gaúcha a partir de 2035, quando o Estado somaria cerca de 11,7 milhões de pessoas.

A partir desse período, o número de habitantes passaria a encolher e voltaria a ficar abaixo de 11 milhões por volta de 2060. O demógrafo, geógrafo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no campus do Litoral Norte Ricardo de Sampaio Dagnino observa que o baixo crescimento vegetativo gaúcho não é compensado por migrações.

— Outros Estados compensam o pequeno crescimento vegetativo com migração, como se espera que ocorra em sociedades mais desenvolvidas. Mas, historicamente, o Rio Grande do Sul costuma mandar mais gente para fora. Isso ocorre desde que, por não ter feito reforma agrária, um contingente grande de gente foi buscar terras em outros lugares do Brasil e até no Paraguai — analisa Dagnino.

O trabalho também traz o detalhamento do perfil dos moradores do Estado por gênero e faixa etária: o levantamento revela que as mulheres seguem sendo a maioria entre as 11.422.973 pessoas que viviam no Estado até o ano passado, somando 51,34%.

 Estado perde população no Oeste e ganha no Leste

A análise das estimativas populacionais calculadas para cada um dos municípios gaúchos indica uma tendência de perda de população em cidades localizadas no Oeste do Estado, e uma concentração do crescimento em zonas mais a Leste, como o Litoral Norte e a Serra.

No Oeste e no Sul, a tendência verificada entre 2010 e o ano passado é principalmente de redução no número de moradores. Na área correspondente ao Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) da Fronteira Oeste, por exemplo, houve uma perda estimada de 6% da população. Na Campanha, de 0,6%. As Missões permaneceram em situação de estagnação, com crescimento de apenas 0,28%.

Em comparação, o Litoral cresceu 18,9%, o Vale do Taquari, 13,9%, o Corede das Hortênsias, 13,4%, e a Serra, 10,1%. Para o demógrafo e geógrafo da UFRGS Ricardo de Sampaio Dagnino, a atração de novos moradores para determinadas regiões, principalmente de faixas etárias mais jovens, pode indicar pontos onde a economia está mais aquecida.

— Municípios do Oeste e do Sul, que vêm perdendo população, têm estruturas agrárias de muita concentração, o que é um motor para a expulsão de pessoas — interpreta Dagnino.

Dois municípios litorâneos – Capão da Canoa e Tramandaí – reúnem ainda os dois maiores percentuais de moradores jovens abaixo de 14 anos, com 24% e 22,8%, respectivamente.

O demógrafo lembra que os dados são projeções baseadas em estimativas populacionais feitas a partir do Censo de 2010 – o último realizado. Outro deveria ter sido feito em 2020, mas acabou suspenso em razão da pandemia e das dificuldades econômicas do país. Uma nova contagem poderá apontar novas tendências que tenham ocorrido desde o censo anterior e não tenham sido contempladas nas projeções.

Municípios com maior percentual de idosos

  • São Sepé 24,91%
  • Caçapava do Sul 23,52%
  • São Lourenço do Sul 23,23%

Maiores percentuais de jovens (até 14 anos)

  • Capão da Canoa 24,16%
  • Tramandaí 22,85%
  • Alvorada 21,79%

Fonte: GaúchaZH