Com o terceiro pior número de mortes desde o início da pandemia da Covid-19 em Pelotas, os dados do mês de maio mostram que a doença ainda está longe de estarem controlada. Se comparados com a média de óbitos causados pelo novo coronavírus desde a chegada da doença no município, o mês passado registrou aumento de 145% de registros oficiais em cartórios, totalizando 142 mortes, frente a uma média de 57,7 por mês desde o ano passado.
Os números de maio só são melhores quando comparados com os de abril (162 vítimas) e março (183) de 2021, respectivamente o primeiro e segundo piores meses da pandemia em Pelotas, auge da segunda onda da doença que lotou UTIs de hospitais em todo o território gaúcho. Na comparação com março, maio aponta queda de 22,4% no número de óbitos, enquanto na comparação com abril a queda foi de 12,3%.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (transparencia.registrocivil.org.br), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos cartórios de registro civil do país, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Como a plataforma nacional pode levar alguns dias até receber o envio de óbitos, os dados ainda podem sofrer mudanças.
Maio de 2020 e 2021
Se comparado com maio de 2020 – segundo mês da pandemia na cidade -, o mesmo período de 2021 aponta alta de 7.000%. Embora a primeira morte confirmada pela prefeitura de Pelotas pelo coronavírus no ano passado tenha sido em julho, segundo o sistema de cartórios há dois registros de óbitos atribuídos à doença no mês anterior.
Já no Estado, maio de 2021 registrou aumento de 948% dos óbitos em comparação com o mesmo mês de 2020. Foram 2.841 mortes frente a 271 em maio do ano passado.
Alta de 70% em Rio Grande
Enquanto em Pelotas a alta de registros mortes por Covid foi de 145% em comparação à média, em Rio Grande também houve acréscimo. Porém, menor: 70%. Foram 52 óbitos documentados de vítimas da doença frente a uma média mensal de 30,5. Foi o quinto pior mês na cidade, atrás apenas de março e abril de 2021 e de agosto e julho de 2020 (os quatro mais trágicos, nesta ordem).
Fonte: Diário Popular